
Alerta de sequestros em Sihanoukville
Nos últimos meses, surgiram denúncias alarmantes sobre uma rede criminosa atuando em Sihanoukville e na chamada Zona de Sete Estrelas, no Camboja. Uma jovem chinesa, nascida em 2005, relatou nas redes sociais como caiu em uma armadilha: atraída por anúncios falsos de empregos bem remunerados, foi sequestrada logo após o desembarque.
O grupo não apenas engana suas vítimas com falsas ofertas de trabalho e turismo, como também mantém um esquema organizado de cativeiro e violência. Os relatos indicam que as vítimas são vendadas e levadas imediatamente para áreas isoladas. Durante o cativeiro, sofrem ameaças constantes de morte e frases como “se não obedecer, será enterrada ou jogada no mar”.
Muitos contam ter sido espancados, submetidos a choques elétricos e outras formas de tortura. Mulheres que resistiram foram feridas gravemente. O objetivo central da quadrilha é a extorsão: exigem até 30 mil dólares de resgate. Se a família não consegue pagar, a vítima é rapidamente revendida para outros centros de exploração, como Poipet e Sete Estrelas, dificultando o resgate.

Ligações com homicídios e violência extrema
Além do sequestro e da extorsão, há evidências de envolvimento da quadrilha em crimes ainda mais graves. Autoridades investigam sua relação com recentes casos de corpos encontrados em malas abandonadas, uma prática cruel que chocou a população local.
Segundo testemunhas, “eles já têm nas mãos pelo menos dez vidas humanas”. Isso mostra que a rede criminosa não hesita em eliminar vítimas, sobretudo quando não há pagamento de resgate ou quando alguém tenta resistir. Esse padrão de violência extrema indica que não se trata apenas de sequestro comum, mas de uma organização perigosa com poder de vida e morte sobre os reféns.
As conexões da quadrilha com o crime organizado local reforçam sua impunidade. A atuação coordenada entre quem recruta, quem sequestra e quem revende demonstra um modelo de negócios criminoso sustentado por corrupção e falta de fiscalização.
Pressão internacional e riscos para viajantes
A gravidade da situação em Sihanoukville não passou despercebida. Organizações de direitos humanos alertam para a vulnerabilidade de jovens e menores de idade, que são o principal alvo da quadrilha devido à pouca experiência em viagens internacionais.
Governos da região, especialmente da China, já cobram das autoridades cambojanas ações mais firmes. Entretanto, especialistas apontam que apenas uma resposta internacional coordenada poderá reduzir a força desses grupos. Enquanto isso, milhares de jovens continuam expostos ao risco de cair em promessas falsas e acabar nas mãos dessa rede criminosa.

Fique atento: mantenha-se informado e esteja sempre alerta contra violência, golpes e crimes virtuais.